Sexo...e Rock'n Roll

9 de abril de 2011

"Para que levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos."
Com o grito de guerra "Sexo, Drogas e Rock'n Roll", o Rock ficou marcado com inúmeros roqueiros levados por overdoses, pais preocupados com a influência do som e shows vetados para menores por serem perigosos (com homens alterados por substâncias químicas). Apesar de toda essa história entrelaçada, vários roqueiros renunciaram a cultura das drogas, como Pete do The Who, que escreveu "Jai Baba" para os Rolling Stones.
Os jovens roqueiros, no início de seus tempos, encontraram nos narcóticos a "saída e libertação" para as pressões sociais que impunham sobre eles. Bons costumes e abstinência, para os jovens dos anos dourados, eram males que deveriam ser combatidos com música e LSD. Como desafiar os velhos sem ficar doidão? Como esquecer da vida vagaba? Tudo louco, tudo agitado, tudo rock e heroína. 
Essa cena aos poucos está sendo revertida por bons roqueiros. Tequila Baby, ao invés de cervejas e outras drogas, joga água para os fãs durante os shows. E vocês acham que Bono usa drogas? A saúde de Jagger também não permite isso. 
"Queria ser um baseado 
Para nascer em seus dedos, morrer em seus lábios, 
E fazer sua cabeça"
Um tema que os Beatles abordaram com toda a clareza, principalmente através das canções de John Lennon, é o das drogas. "Tomorrow never knows" é uma canção psicodélica, ou seja, produzida pelo efeito de alucinógenos; nesse caso, segundo uma declaração de Paul McCartney, LSD. Ácido lisérgico. A letra foi inspirada em cantos de monges budistas e no livro The Psychodelic Experience, de um professor da Califórnia chamado Timothy Leary. Como praticamente todos os grupos daquela época, os Beatles também experimentaram a onda das drogas e, como nesse caso, refletiram essas experiências em suas músicas. 
Era muito frequente essa ligação entre drogas, religiões alternativas e gurus. Acho que é importante a gente compreender que nos anos 1960 as drogas eram como um experimento do que muitos deles consideravam tentativas de ampliar a imaginação, as possibilidades de percepção, uma idéia já proposta há décadas por intelectuais e escritores, como o inglês Aldous Huxley. Também temos que nos lembrar que tudo isso fazia parte da cultura da época do "Paz e Amor", o movimento pacifista, os hippies. A coisa virou logo depois, muito rápido, quando começou a morrer muita gente, músicos como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Tim Buckley, um monte de gente jovem e talentosa naufragada em overdoses. Além dos que, como se dizia na época, "fritavam"; faziam uma viagem da qual nunca voltavam, ficavam meio abobalhados
Falando em psicodélico e talentos que naufragaram, não podemos esquecer de Syd Barrett do Pink Floyd, no começo liderava a banda, fazia os vocais e tocava guitarra e outros instrumentos mais exóticos, que compunham a atmosfera psicodélica do grupo. Ele teve uma passagem meteórica pela banda, pois, depois do primeiro disco (The Piper at the Gates of Dawn), começou a sofrer convulsões e apresentar sinais de instabilidade mental por causa do uso constante de LSD e outras drogas alucinógenas. 
Sid Vicious afundou uma carreira promissora por Nancy e as drogas. E Bob Marley? Acho que todo mundo conhece essa história.
O bagulho é o seguinte: rock'n roll é liberdade, e as drogas são uma prisão. A histórias então aí e os grandes roqueiros deixaram seu legado e seus exemplos. Você pode ir num show, ter a melhor noite da sua vida, gritar e curtir e ao acordar na manhã seguinte, se lembrar de todos os grandes momentos e não ter uma puta dor de cabeça.
Dá pra acreditar? 
Fontes: Almanaque do Rock-Kid Vinil; Leo e as Caixas de Música.


Esse post foi feito pela nova escritora do Rock-Ladies, a Fer, dona do Cafofo Online!

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